No entanto, num dos passeios dessa rotunda, e nos jardins das vivendas que ficam ao seu redor, há três ou quatro magnólias, rosadas e uma branca, que estão, nesta altura do ano, carregadinhas de flor. Não é bem carregadas, é mais a explodir, como acontece com as magnólias, que florescem antes de nascerem as folhas.
Um dia destes mandaram-me uma fotografia aérea do jardim do sítio onde eu trabalhava, e lá está, como um epicentro do olhar, a “minha” magnólia. Sim, foi assim que me escreveram: “olha como está, hoje, a tua magnólia”.
Pode parecer pouco, mas estas magnólias que, por breves semanas, incendeiam os lugares mais insuspeitos da cidade, resgatam-nos da cegueira parda dos dias.