ventre calmo da terra
TRAVESSIA DO DESERTO
Que caminho tão longo
Que viagem tão comprida
Que deserto tão grande
Sem fronteira nem medida
Águas do pensamento
Vinde regar o sustento
Da minha vida
Este peso calado
Queima o sol por trás do monte
Queima o tempo parado
Queima o rio com a ponte
Águas dos meus cansaços
Semeai os meus passos
Como uma fonte
Ai que sede tão funda
Ai que fome tão antiga
Quantas noites se perdem
No amor de cada espiga
Ventre calmo da terra
Leva-me na tua guerra
Se és minha amiga
Conheço esta canção do José Mário Branco há décadas, desde que o disco Ser Solidário foi editado, um dos melhores discos da música popular portuguesa de sempre. Já ouvi a canção dezenas de vezes, nomeadamente ao vivo. E, no entanto, as circunstâncias da vida fazem descobrir novos sentidos. Mais pessoais, mais íntimos. Mais dolorosos.
Que caminho tão longo
Que viagem tão comprida
Que deserto tão grande
Sem fronteira nem medida
Águas do pensamento
Vinde regar o sustento
Da minha vida
Este peso calado
Queima o sol por trás do monte
Queima o tempo parado
Queima o rio com a ponte
Águas dos meus cansaços
Semeai os meus passos
Como uma fonte
Ai que sede tão funda
Ai que fome tão antiga
Quantas noites se perdem
No amor de cada espiga
Ventre calmo da terra
Leva-me na tua guerra
Se és minha amiga
Conheço esta canção do José Mário Branco há décadas, desde que o disco Ser Solidário foi editado, um dos melhores discos da música popular portuguesa de sempre. Já ouvi a canção dezenas de vezes, nomeadamente ao vivo. E, no entanto, as circunstâncias da vida fazem descobrir novos sentidos. Mais pessoais, mais íntimos. Mais dolorosos.