
Um regresso, apesar de tudo inesperado, dos Cadernos de Lanzarote, os diários que José Saramago publicou ao longo dos anos 90.
E sauda-se o regresso do Autor, dos seus apontamentos, das cartas que escreveu, dos artigos e dos textos de conferências e apresentações, porque é sempre um prazer e uma lição podermos acompanhar o escritor fora do seu espaço nobre, ou seja a obra literária que pretende trazer a público.
Isto apesar de ser mais ou menos evidente que este volume tem uma razoável dose de decisão editorial, ou seja não se trata de um texto que vem a luz tal como o seu autor o projectou e realizou.
Esta em princípio derradeira edição dos Cadernos tem o chamariz de abranger o ano em que Saramago recebeu o Nobel, 1998.