hiato

"Deixaram poucas marcas atrás de si. Quase anónimas. Não se destacam de certas ruas de Paris, de certas paisagens de arrabalde onde descobri, por acaso, que haviam morado. O que se sabe deles resume-se amiúde a um simples endereço. E esta precisão topográfica contrasta com o que ignoraremos da sua vida para todo o sempre - esse hiato, esse bloco de desconhecido e de silêncio."
- Patrick Modiano, DORA BRUDER (Porto Editora)
Os meus pensamentos vão hoje para o meu amigo Bruno, para quem o mundo, neste momento, não pode deixar de ser um vasto desamparo. Ao seu lado, era o único lugar onde hoje faria sentido eu estar.