chappie
Fui ver no fim de semana, Chappie, do realizador sul-africano Neill Blomkamp, de quem tinha visto, e gostado, os dois filmes anteriores, District 9 e Elysium. Tal como estes, trata-se de uma distopia, que mistura a ficção científica com um olhar critico sobre as nossas sociedades actuais, marcadas pela pobreza, pela sobre-população, pelo desenvolvimento tecnológico e pela violência do Estado.
Dos três, foi o filme que achei mais fraco, apesar de partir de um pressuposto estimulante: o desenvolvimento de robots ao serviço da lei e da ordem policial, e a possibilidade de carregar esses robots com inteligência artificial. E achei o filme fraco sobretudo por causa das personagens, muito caricaturais, sem espessura psicológica, e do dispositivo dramático muito fácil e maniqueísta.
Mas apesar disso, Blomkamp aproveita os seus filmes de acção para levantar questões muito interessantes, não apenas as que referi, e que se prendem com o seu olhar distópico sobre o estado da arte do capitalismo, mas outras até mais profundas e “humanas” como essa que tem a ver com o passo seguinte do desenvolvimento da computação: a capacidade de criar máquinas que para além de fazerem cálculos e realizarem acções, sejam capazes de pensar e sentir. Como li algures, neste aspecto o filme tem alguma coisa a ver com o Her, do Spike Jonze, apesar do estilo e do tom da narrativa serem completamente diferentes.
Vi o filme na sexta-feira à noite e é um sacrifício o esforço enorme que tenho de fazer para não adormecer. Mesmo num filme destes, cheio de acção e cóboiada. Que tristeza, estou mesmo um velho cansado, e chego ao fim da semana completamente de rastos.
Dos três, foi o filme que achei mais fraco, apesar de partir de um pressuposto estimulante: o desenvolvimento de robots ao serviço da lei e da ordem policial, e a possibilidade de carregar esses robots com inteligência artificial. E achei o filme fraco sobretudo por causa das personagens, muito caricaturais, sem espessura psicológica, e do dispositivo dramático muito fácil e maniqueísta.
Mas apesar disso, Blomkamp aproveita os seus filmes de acção para levantar questões muito interessantes, não apenas as que referi, e que se prendem com o seu olhar distópico sobre o estado da arte do capitalismo, mas outras até mais profundas e “humanas” como essa que tem a ver com o passo seguinte do desenvolvimento da computação: a capacidade de criar máquinas que para além de fazerem cálculos e realizarem acções, sejam capazes de pensar e sentir. Como li algures, neste aspecto o filme tem alguma coisa a ver com o Her, do Spike Jonze, apesar do estilo e do tom da narrativa serem completamente diferentes.
Vi o filme na sexta-feira à noite e é um sacrifício o esforço enorme que tenho de fazer para não adormecer. Mesmo num filme destes, cheio de acção e cóboiada. Que tristeza, estou mesmo um velho cansado, e chego ao fim da semana completamente de rastos.