taprobana, ida e volta. 4/12
24.3.2013 (domingo)
No hotel Heritance, nas margens do lago Kandalama, nos arredores de Dambulla.
As estrelas do dia foram a ida a Pinnawala, visitar o orfanato de elefantes, e, em Dambulla, visitar o templo dourado e as grutas.
Sobre Pinnawala os sentimentos são um pouco contraditórios: por um lado é meritória a acção de proteger elefantes abandonados ou feridos, disponibilizando-os ao deleite dos visitantes, e com isso garantir o financiamento do orfanato; mas por outro é inegável que há um lado circense, que é um pouco suspeito. De qualquer forma foi uma experiência divertida, com o seu quê de maravilhamento infantil: estive ‘horas’ a ver os elefantes, uns 20 ou 30, a tomar banho no rio e nas brincadeiras uns com os outros, e pela primeira vez na vida fiz festas na tromba de um efelante (é fofinha!)
À tarde a ida ao templo de Dambulla (uma dagoba imensa junto a uma mangueira enorme, o templo dourado, e um conjunto de templos construídos em grutas na encosta do rochedo) foi um fiasco para mim. Comecei a subir as escadarias para os templos nas grutas, e fiquei tão cansado, com o coração a bater tanto nos ouvidos, que para aí a um terço da subida, dei meia volta e tornei a descer. Esperei cá baixo pelo resto dos meus companheiros de viagem, e entretive-me com o movimento dos monges, dos peregrinos e dos outros turistas. É engraçado, mas como estava sozinho e sentado no lancil do canteiro em volta da mangueira, houve algumas pessoas a meter conversa. Também descobri que nos terrenos do templo funcionam os estúdios da rádio Rangiri, uma das emissoras que se dedica à difusão do budismo.
O hotel onde estou instalado é fabuloso, no meio da selva, completamente diluído na paisagem, e o edifício é aberto ao exterior, ou seja, os quartos e certas salas são fechadas, é claro, mas todas as zonas de circulção são abertas. À noite há milhares de insectos por todo o lado, e mesmo à porta do meu quarto há um ninho de andorinhas, e as ditas passam o tempo a piar e a voar rasantes às nossas cabeças. No poliban, cujas paredes exteriores são de vidro, de modo a que estamos a tomar duche com vista para o lago, havia uma osga, que tive de salvar, porque uma das minhas companhieras de quarto recusava-se a tomar banho juntamente com a osga. Ah, e além do ninho das andorinhas, mesmo ao lado da porta do quarto estava um morcego mínusculo a dormir.
Esqueci-me de referir que na sexta-feira, quando andava a passear pelo Dubai Mall, estava cheio de sede e fui comprar uma água a um cafézito. Como não tinha dirams, perguntei pelo preço e se podia pagar em euros, e o tipo disse-me que sim, que podia, mas em notas e que me dava o troco em dirams. Como só tinha notas de vinte euros, e ia sair essa noite, disse-lhe que não fazia muito sentido, e então o rapaz estendeu-me a garrafa assim mesmo. Espero um dia poder retribuir-lhe a generosidade.










No hotel Heritance, nas margens do lago Kandalama, nos arredores de Dambulla.
As estrelas do dia foram a ida a Pinnawala, visitar o orfanato de elefantes, e, em Dambulla, visitar o templo dourado e as grutas.
Sobre Pinnawala os sentimentos são um pouco contraditórios: por um lado é meritória a acção de proteger elefantes abandonados ou feridos, disponibilizando-os ao deleite dos visitantes, e com isso garantir o financiamento do orfanato; mas por outro é inegável que há um lado circense, que é um pouco suspeito. De qualquer forma foi uma experiência divertida, com o seu quê de maravilhamento infantil: estive ‘horas’ a ver os elefantes, uns 20 ou 30, a tomar banho no rio e nas brincadeiras uns com os outros, e pela primeira vez na vida fiz festas na tromba de um efelante (é fofinha!)
À tarde a ida ao templo de Dambulla (uma dagoba imensa junto a uma mangueira enorme, o templo dourado, e um conjunto de templos construídos em grutas na encosta do rochedo) foi um fiasco para mim. Comecei a subir as escadarias para os templos nas grutas, e fiquei tão cansado, com o coração a bater tanto nos ouvidos, que para aí a um terço da subida, dei meia volta e tornei a descer. Esperei cá baixo pelo resto dos meus companheiros de viagem, e entretive-me com o movimento dos monges, dos peregrinos e dos outros turistas. É engraçado, mas como estava sozinho e sentado no lancil do canteiro em volta da mangueira, houve algumas pessoas a meter conversa. Também descobri que nos terrenos do templo funcionam os estúdios da rádio Rangiri, uma das emissoras que se dedica à difusão do budismo.
O hotel onde estou instalado é fabuloso, no meio da selva, completamente diluído na paisagem, e o edifício é aberto ao exterior, ou seja, os quartos e certas salas são fechadas, é claro, mas todas as zonas de circulção são abertas. À noite há milhares de insectos por todo o lado, e mesmo à porta do meu quarto há um ninho de andorinhas, e as ditas passam o tempo a piar e a voar rasantes às nossas cabeças. No poliban, cujas paredes exteriores são de vidro, de modo a que estamos a tomar duche com vista para o lago, havia uma osga, que tive de salvar, porque uma das minhas companhieras de quarto recusava-se a tomar banho juntamente com a osga. Ah, e além do ninho das andorinhas, mesmo ao lado da porta do quarto estava um morcego mínusculo a dormir.
Esqueci-me de referir que na sexta-feira, quando andava a passear pelo Dubai Mall, estava cheio de sede e fui comprar uma água a um cafézito. Como não tinha dirams, perguntei pelo preço e se podia pagar em euros, e o tipo disse-me que sim, que podia, mas em notas e que me dava o troco em dirams. Como só tinha notas de vinte euros, e ia sair essa noite, disse-lhe que não fazia muito sentido, e então o rapaz estendeu-me a garrafa assim mesmo. Espero um dia poder retribuir-lhe a generosidade.









