dois poemas para uma ilha
I
Há-de destruir-te o vento
E serão pedra novamente as tuas casas
Porque só verdadeiramente existes
enquanto eu me lembrar de ti
e enquanto se lembrarem de mim
os meninos das missangas
porque só aí verdadeiramente existes:
no finíssimo hiato que sobra
entre a minha lembrança do passado
e a memória deles para o futuro.
II
O tempo implodiu o tempo
na ilha de Knopfli
E o que sobra é já o resto do resto.
Claro que o mais precioso
é o que trazes contigo.
Morrerá contigo, é certo,
Mas alumiará as tuas tardes
e dará mais aroma ao fumo do teu chá.
Há-de destruir-te o vento
E serão pedra novamente as tuas casas
Porque só verdadeiramente existes
enquanto eu me lembrar de ti
e enquanto se lembrarem de mim
os meninos das missangas
porque só aí verdadeiramente existes:
no finíssimo hiato que sobra
entre a minha lembrança do passado
e a memória deles para o futuro.
II
O tempo implodiu o tempo
na ilha de Knopfli
E o que sobra é já o resto do resto.
Claro que o mais precioso
é o que trazes contigo.
Morrerá contigo, é certo,
Mas alumiará as tuas tardes
e dará mais aroma ao fumo do teu chá.